Economia
A instituição escravidão apareceu concomitantemente com o surgimento da civilização, desde que o homem dividiu-se em classes e sentiu necessidade de subjugar e sobrepor-se a outros para obter maior autonomia, rentabilidade e status. Nem todas as sociedades conheceram o mesmo tipo de escravidão, pois esta poderia exercer função social e econômica bem diferenciada de povo para povo. Temos conhecimento de, basicamente, quatro tipos de escravidão: • A escravidão patriarcal, característica das sociedades comunais (primitivas organizadas à base do parentesco e da linhagem). O escravo não era objeto de um único senhor, ele pertencia à comunidade e representava uma força-de-trabalho auxiliar para ela. • A escravidão adotada na antiguidade oriental e ocidental, quando esta ainda não funcionava como a base da economia. Os escravos, em sua maioria, pertenciam ao Estado. Possuíam alguns direitos e não eram tidos como coisa por seu senhor. • O modelo greco-romano e o moderno, que têm como característica o escravo-mercadoria. • A escravidão greco-romana modelaria e daria suporte para a escravidão moderna instituída nas ilhas do Atlântico e na América.
Em um primeiro momento Grécia e Roma conhecem a escravidão do tipo patriarcal. Mais tarde é que o escravo passa a ser visto como escravo-mercadoria, propriedade de um senhor, privado de qualquer direito, podendo ser vendido, alugado ou, até mesmo, morto. O escravo era visto como coisa, sem existência civil, a não ser quando se tratava de um crime cometido por este. Eram explorados exaustivamente e desempenhavam um papel essencial na produção social e econômica. Para entender o porquê da utilização dos escravos vamos voltar para o início da civilização grega e romana.
GRÉCIA
As cidades gregas foram as primeiras a tornar a escravidão absoluta na forma e dominante na extensão, transformando-a no principal modo de produção. Essa