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Quanto à função que desempenham na narrativa, as personagens podem ser:
a) Protagonista (do Grego, protagonistés) - é a personagem principal em torno do qual se constrói toda a trama. O protagonista pode ser caracterizado como herói ou anti-herói. Em nossa literatura é muito frequente o anti-herói como protagonista. Ex.: Macunaíma é um exemplo do herói sem nenhum caráter, ou seja, o anti-herói.
b) Antagonista (do Grego, antagonistés) - é a personagem que cria o clima de tensão, opondo-se ao protagonista. Ao construir uma narrativa, nunca despreze o antagonista; o sucesso de uma narrativa está diretamente ligado à perfeita caracterização desse personagem.
c) Personagens Secundárias e Figurantes - personagens sem grande importância na narrativa. As secundárias participam na ação, no entanto, não desempenham papéis decisivos. Os figurantes não têm qualquer participação no desenrolar da ação, cabendo-lhe apenas ajudar a compor um ambiente ou espaço social.
2.2. CARACTERIZAÇÃO DAS PERSONAGENS
a) Indivíduos - são personagens que possuem características pessoais marcantes, que acentuam a sua individualidade.
Ex.: Em Dom Casmurro, de Machado de Assis, Capitu é uma personagem indivíduo. Vejamos:
“Na verdade, Capitu ia crescendo às carreias, as formas arredondavam-se e avigoravam-se com grande intensidade; moralmente a mesma coisa. Era mulher por dentro e por fora, mulher à esquerda e à direita, mulher por todos os lados, e desde os pés â cabeça. (...); os olhos pareciam ter outra reflexão, e a boca outro império.”
b) Caricaturais - são personagens cujos traços de personalidade ou padrões de comportamento são propositalmente acentuados (às vezes beirando o ridículo) em função do cômico ou da sátira. São personagens muito comuns, principalmente, em novelas de televisão. Manuel Antônio de Almeida, em Memórias de um Sargento da Milícia, temos um exemplo de personagem caricatural:
“Era a comadre uma mulher gorda, bonachona, ingênua ou