Suinicultura
UMA NOVA FORMA DE ENCARAR O AMBIENTE
1.0
Introdução
Pretende-se com este contributo, demonstrar a viabilidade económica, do regime intensivo ao ar livre, num equilíbrio ambiental sustentável. A falta de informação e divulgação, assim como algum conservadorismo e resistência à mudança por parte dos empresários e técnicos ligados ao sector, têm contribuído para o seu quase total desconhecimento.
Este trabalho resultou de conhecimentos adquiridos ao longo de cinco anos, de um projecto experimental deste sistema, executado em condições climáticas extremas e enquadrado nas disposições legais, durante os quais se aperfeiçoaram equipamentos e se encontraram algumas soluções no maneio reprodutivo.
Consciente de não esgotar este tema tão complexo e vasto, estou convicto de poder contribuir na dignificação desta actividade económica do sector primário, perante a opinião pública, pelo que se julga ajustado e atempado esta iniciativa.
2.0
Breve historial da actividade suinícola
Até final da década de setenta, verificou-se que a actividade suinícula se caracterizou pela adopção generalizada do sistema confinado, independentemente da sua dimensão.Esta orientação, teve como factores determinantes a protecção e economia do espaço físico do efectivo pecuário, baseado no conhecimento empírico da actividade.
Ao nível da sua implantação no âmbito do território nacional, a sua maior expressão verificou-se na região do minifúndio, mais concretamente a norte do rio Tejo, com construções simples, dotadas em alguns casos de órgãos depuradores de efluentes, e nem sempre bem dimensionados.
É a partir da década de setenta, resultante de uma dinâmica empresarial interessante, que esta actividade conheceu novo impulso no PAB nacional.
Com estas novas expectativas no panorama da suinicultura nacional, tornou-se fundamental enquadrar os procedimentos legais, disciplinar a produção, por forma a permitir a obtenção de um produto final