Suicídio
E o que levaria um ser humano a abreviar a sua própria existência? As motivações de cada suicida para cometer o ato são distintas, mas o que há em comum entre eles é o fato de não verem mais sentido na vida, há um vazio dentro de cada um. É comum o ser humano procurar respostas para as suas diversas perguntas, mas achá-las não é garantido, já que a vida em si é um grande mistério. O suicida indaga a si qual seria o sentido da vida e, ao não achar uma resposta que o contemple, se frustra e decide que abrir mão da vida é a melhor solução para si.
O suicídio é uma questão discutida amplamente em vários campos do conhecimento, desde a psicologia até a filosofia. No âmbito filosófico o tema é considerado por Camus ‘’o grande dilema’’ e, por isso, merece atenção especial. Há os filósofos, como Platão e Descartes, que não concordam com o suicídio porque ele é contrário à vontade divina ou pelo simples fato de considerá-lo um ato injusto consigo mesmo e com a comunidade a qual o suicida pertence. Já outros, como Sêneca e Epicuro, apóiam o ato quando ele pode ser a saída para uma situação insustentável e o quando é único modo de salvar a dignidade e a liberdade.
A forma a qual o suicídio é visto pode variar de acordo com a cultura e a religião. As religiões abraâmicas, por exemplo, entendem o suicídio como uma injúria contra Deus em razão da crença na santidade da existência. Já no Japão, durante a era dos samurais, o harakiri, ritual de suicídio dos guerreiros, ocorria para recuperar a honra pessoal ou limpar o nome da família. Na legislação do Brasil é crime induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o