Os Bispos, Sucessores dos Apóstolos Como a missão da Igreja de salvar as almas, só acabará quando se consumar os tempos, haveria então de se ter sempre sucessores, nesta sociedade hierarquicamente estabelecida e organizada pelo Cristo, Senhor; por isso, enquanto ela existir, haverá nela os Bispos, sucessores dos Apóstolos, que apesar de humanos, a governará com todo poder e santidade, porque são alimentados, guiados e santificados pelo próprio Cristo, bom pastor e príncipe dos pastores, de uma forma ininterrúpta para serem os transmissores do múnus apostólico. E assim, como testemunha Santo Ireneu, a “tradição apostólica é manifestada em todo o mundo e guardada por aqueles que pelos Apóstolos foram constituídos Bispos e seus sucessores”. “Portanto, os Bispos receberam, com os seus colaboradores, os presbíteros e diáconos, o encargo da comunidade, presidindo em lugar de Deus e com poder de Sua graça, ao rebanho de que são pastores como mestres da doutrina, sacerdotes do culto sagrado, ministros do governo. E assim como permanece o múnus confiado pelo Senhor singularmente a Pedro, primeiro entre os Apóstolos, e que se devia transmitir aos seus sucessores, do mesmo modo permanece o múnus dos Apóstolos de apascentar a Igreja, o qual deve ser exercido perpetuamente pela sagrada Ordem dos Bispos. Ensina, por isso, o sagrado Concílio que, por instituição divina, os Bispos sucedem aos Apóstolos, como pastores da Igreja; quem os ouve, ouve a Cristo; quem os despreza, despreza a Cristo e Aquele que enviou Cristo” (Luc. 10,16). (Cf. Constituição Dogmática - Lumen Gentium n.20 – Sumo Pontífice Papa Paulo VI). “Por meio de seu ministério, estes apascentam o rebanho e fazem Cristo presente no meio de Seu povo, sendo administradores dos Mistérios de Deus (cfr.1 Cor.4,1). Mistérios estes que são distribuídos em favor destes membros do Corpo Místico de Jesus Cristo, quando administram os sacramentos, que são como canais através dos quais flui a graça do Redentor em