SUBMATRIZES AMBIENTALISTA E NATIVISTA NA PSICOLOGIA
1 – O Ambientalismo Psicológico
Nos estudos de Helmholtz sobre a experiência sensorial, sustentava-se a ideia de que a percepção dos objetos tinha um caráter aprendido. Segundo ele, a constância de forma e de cores é produto de uma conclusão inconsciente da aprendizagem. A aprendizagem perceptiva exerce função na seleção dos elementos sensoriais, importantes na imagem perceptiva do objeto.
A aprendizagem passou a ser vista como objeto de estudo independente ao final do século XIX, nas obras de Ebbinghaus e Thorndike. No século XX, esse tema passou a ser bastante estudado dentro da perspectiva behaviorista. Em Watson, no início considerava-se o caráter instintivo dos organismos (humanos e animais), ao longo dos anos, Watson passou a ter uma visão ambientalista radical. O conceito de instinto passou a ser criticado em razão das questões empíricas e metodológicas. A opção ambientalista se firmou também como uma manifestação teórica de posturas ideológicas e políticas.
Com o avanço do ambientalismo, o sujeito passou a ser visto como passivo em sua interação com o meio. A ideia do controle ambiental atribuiu ao sujeito uma imagem funcionalista de “reagente”, sem espontaneidade e direção. “Com a radicalização do ambientalismo houve a criação de condições propícias às combinações entre o funcionalismo e o mecanicismo”. Porém, o destaque no controle ambiental não está relacionado apenas a esses aspectos, assim como mostra a obra de Skinner, que supõe a ideia de equipotencialidade, na qual “qualquer estímulo poderia se tornar um estímulo discriminativo para qualquer resposta e qualquer reforço teria efeito sobre uma resposta que lhe fosse antecedente.” Portanto, conclui que as contingências ambientais são os únicos fatores que determinam o comportamento.
Embora Skinner apresente um ambientalismo quase completo, ele nunca abandonou a imagem funcionalista de que o organismo é capaz de produzir respostas atuando e