Subcultura homossexual
Há uma crescente visibilidade quando se trata do mundo homossexual em relação ao consumo. O que há ainda é pouco estudo sobre este tema relacionado ao mercado. Existem algumas mudanças que ocorrem no mundo dos gays, após ser assumido a identidade homossexual.
Conforme aponta McCraken (2003, p.11), grupos que vivem à margem da sociedade, como os gays, são "provedores de significado" e precursores de tendências para a cultura dominante. Essa criação de significados por parte da cultura gay também se reflete nos produtos, na música, nas artes e, em especial, na moda.
O segmento de consumidores gays tem despertado a atenção do mercado brasileiro. A mídia, cada vez mais, se interessa por esse tipo de consumidor e tem boa parte de sua programação focada para esse público. Esse interesse é mostrado em diversos veículos, como em reportagens, cenas de novelas e chega a programas de televisão.
Segundo a definição de Solomon, cultura representa o acumulo de significados, rituais, normas e tradições dentro de uma sociedade ou organização, portanto, analisando o mundo em que vivemos é possível observarmos que as tradições presentes valorizam relações heterossexuais, constituição de famílias e uma postura frente à sociedade. Em relação à evolução do mercado gay, o processo de urbanização trouxe uma nova estrutura social que está historicamente ligado a este desenvolvimento, da forma que, com o crescimento das cidades, estas se tornaram o refúgio dos homossexuais em relação à vida no campo, que mantinha uma mentalidade extremamente conservadora e rígida quanto à sexualidade (ALDRICH, 2004; BRANCHIK, 2002). A vida nas cidades atraiu os gays não apenas por ter mais liberdade, mas também pela oportunidade de melhorar de vida economicamente, que foi o caso de muitas outras pessoas.
Fugate (1993) afirma que a não identificação de um mercado gay se deve ao fato de que, na época, havia "certa má vontade do mainstream business (empresas em geral) diante do