STRONGYLOIDES STERCORALIS

1INTRODUÇÃO
Os nematódeos do gênero Strongyloides pertencem ao reino Metazoa, filo Nematoda, classe Secernentea, ordem Rhabditida, família Strongyloididae que é composta por parasitas de interesse médico e veterinário (NCBI, 2009). Admite-se atualmente 52 espécies do gênero Strongyloides que podem ocorrer em aves, répteis, anfíbios, mamíferos domésticos e silvestres e no homem causando a estrongiloidíase (GROVE, 1996).
O Strongyloides stercoralis é de elevada prevalência em todo o mundo. A doença, estrongiloidíase, produzida por esse verme é uma das intestinais em mais frequentes helmintoses países tropicais e subtropicais, sendo o homem, seu principal reservatório, e a principal fonte de infecção (BRAGA et al., 2010).
As helmintíases causadas por vermes de transmissão pelo solo são as doenças mais prevalentes que afetam a população que vive em áreas pobres dos países em desenvolvimento (JAMISON, 2006). A maioria das doenças parasitárias ocorre em países tropicais, que por sua vez possuem graves problemas econômicos e sociais (COX, 2002). Deficiência de saneamento básico, tai como falta de instalações sanitárias, defecção no peridomicílio, ingestão de água, alimentos contaminados, entre outros são elementos essenciais na transmissão desta parasitose (CIRMERNAN et al.,2001).
O Brasil, como um país em desenvolvimento, possui clima e situação socioeconômica favorável à ocorrência de doenças parasitárias. Em países em desenvolvimento, tanto em áreas rurais quanto em urbanas, devido às baixas condições sanitárias, as parasitoses intestinais são amplamente disseminadas, e as hortaliças servem como um dos principais veículos de transmissão de enfermidades intestinais (MESQUITA et al., 1999).
Estima-se que de 30 a 100 milhões de pessoas em 70 países, estejam infectadas por Strongyloides stercoralis, sendo a maioria destes países localizados em regiões tropicais e subtropicais do sudeste da Ásia, na América Latina e África (GENTA, 1989; SIDDQUI & BERK, 2003; HOTEZ et al.