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Muito já se falou sobre reformas de ambientes e adaptações em espaços de convivência, sejam eles residenciais ou comerciais, sem ao menos dar o devido valor à humanização, isto é, espaços que proporcionem qualidade de vida, de bem estar, aumentando as relações de convivência humana. Não só satisfazendo, de acordo com seus usuários, determinados aspectos estéticos ou idéias de beleza, mas envolvendo também valores sociais e culturais, desenvolvimentos tecnológicos, aspectos psicológicos e ambientais, que os tornem mais humanos, possibilitando a convivência de forma plena.
Estes conceitos estão intimamente relacionados com a concepção dos espaços e a dimensão humana. Muitas destas mudanças ou reformas de ambientes adotam valores pré-concebidos das relações humanas, e continuam a definir espaços aplicando moldes pré-concebidos, sem mesmo questionar sua influência e domínio na vida das pessoas que ali desenvolvem suas atividades, sejam elas de trabalho, lazer ou descanso. As reais necessidades individuais, hábitos específicos, aspectos culturais e sociais destas pessoas, são simplesmente descartados, para dar lugar a uma fórmula pronta de ambiente. Muitas vezes um ambiente personalizado é interpretado apenas em um patamar meramente estético; não correspondendo satisfatoriamente com um modo de vida singular, os hábitos e aspectos sociais específicos, não levando em conta o bem estar ou a convivência das pessoas. Nestes casos, a aparência é levada como o principio e o fim da concepção espacial. O estético não deveria ser determinante.
É tempo de repensar e conceber os locais de convívio do homem em função de valores sociais e culturais, necessidades e hábitos específicos. Uma grande parte dos intelectuais de nossa época defendem a ideia de que a humanização do design tem de ser a missão fundamental da Arquitetura no século XXI.
O ambiente é uma extensão do ser humano na sua forma de habitar, trabalhar,