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2-a)Os sofistas influenciaram poderosamente, é certo, o curso da investigação filosófica, mas isto aconteceu por modo inteiramente independente do seu intento, que não era teorético, mas apenas prático - educativo. Os sofistas não podem relacionar-se com as investigações especulativas dos filósofos jónios ou o começo da filosofia pré-socrática, mas com a tradição educativa dos poetas, a qual se desenvolvera ininterruptamente de Homero a Hesíodo, a Sólon e a Píndaro, Todos eles orientaram a sua reflexão para o homem, para a virtude e para o seu destino e retiraram, de tais reflexões, conselhos e ensinamentos.

b) A ética aristocrática do guerreiro grego, firmada nos Tempos Homéricos, sofreu o seu primeiro abalo com a emergência do Movimento Sofista, a partir do século V a.C., em Atenas. Até então, era comum crer que somente uns poucos eleitos, a gente de escol (elite), podia ostentar ter a Aretê , a virtude, a excelência. Acreditavam que era um atributo que desde o berço fazia parte do ethos de um jovemaristói , jamais do politikos , do cidadão comum da cidade-estado.
Os tempos, todavia, mudaram.
A antiga concepção de virtude aristocrática assumiu ares anacrônicos. Então vieram se estabelecer os sofistas. Eram os sábios ou mestres de ensino que, originários dos diversos cantos do mundo helênico, se viram atraídos para a grande metrópole para nela abrir 'escolas'. Estavam preocupados em transmitir as artes da oratória e da retórica ao maior número possível de candidatos que mostrassem interesse por adquirir tecné, algum tipo de habilidade.

c) Os sofistas (literalmente sábios) eram todos estrangeiros. Excluídos da condição de cidadãos, não se interessavam diretamente pelos destinos da cidade, assim, não se preocupavam com o que uma argumentação podia ter de justo ou injusto, moral ou imoral. Bastava-lhes que seus discípulos aprendessem a falar -- não importava o quê, mas bem, de modo convincente -- e que os remunerassem pelo ensino. Defendiam que o mundo

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