Sonhos

INTRODUÇÃO

A análise dos sonhos é uma questão antiga na história da humanidade, tendo um olhar místico desde as primeiras civilizações, como exemplo, os egípcios: "Para o povo egípcio, os sonhos faziam parte de um mundo sobrenatural e por isso vistos como mensagens divinas" (SCHULZE, 1997 apud SILVA, 2000, p. 435 apud ALVES, 2011).Mas foi na Grécia que surgiram os primeiros pensamentos racionais sobre esse assunto, Aristóteles afirmava que "sonhar é uma atividade mental normal durante o sono e que os sonhos são produzidos dos mesmos processos biológicos como a imaginação, o pensamento e a lembrança” (VANDENBERGHE; PITANGA, 2007, p. 240 apud ALVES, 2011)
Hoje, o misticismo ainda tem forte influência na questão do sonho, porém, divide espaço com a Psicologia -haja vista que esse assunto faz parte do estudo sobre a mente-, tendo como seus principais estudiosos Freud e Jung e, em última análise, Skinner. O foco deste estudo visa a importância da compreensão dos sonhos para o analista e o analisando.
COMPREENSÃO DOS SONHOS PARA A PSICOLOGIA

Na Psicologia, dentre as mais variadas linhas de pensamento, o sonho é regulado por quatro diretrizes: sono, vigília, memória e consciência. Onde, cada escola de pensamento irá tratar de maneira distinta o relato sobre o sonho do analisando.
Para a psicanálise freudiana, "sonhos são realizações disfarçadas de desejos inconscientes" (FREUD, 1900 apud Zanatta, 2010), isso significa que todos os traumas vividos e sentimentos então obscuros, serão mais facilmente acessados durante o relaxamento que o sono causa, trazendo também à tona nossos desejos reprimidos, e o que a vida cotidiana nos causa. Freud leva em consideração todos os detalhes do que foi vivido no sonho, até o mais minucioso deles, afirmando que são partes indispensáveis para a interpretação de um sonho. Uma de suas técnicas é dar atenção as diferenças que ocorrem em cada narração sobre o mesmo sonho, dando início a sua interpretação.
Já Jung, afirma que o