Solo sabão de caboclo e índios Xetá
A Formação Guabirotuba, principal unidade sedimentar da bacia, é constituída por areias arcosianas localmente conglomeráticas e lamas, acumuladas sobre embasamento de rochas metamórficas e ígneas pré-cambrianas. Corresponde a depósitos de leques aluviais coalescentes e rios entrelaçados. Em alguns locais apresenta intervalos com cimentação carbonática (calcretes) nodulares e laminares, que podem constituir até crostas duras de espessura centimétrica. Os calcretes resultam da cimentação e/ou substituição do arcabouço dos sedimentos por precipitação de CaCO3 em processos edáficos (pedogênicos) ou relacionados com circulação de águas subterrâneas (freáticos). Em seções descritas em campo foram definidos três tipos de calcrete: 1) nodulares em fácies argilosas e/ou arenosas; 2) calcretes laminares em fácies arenosas, com maior cimentação que o anterior; e 3) calcretes de crosta dura em fácies arenosas, semelhantes ao tipo anterior, mas com maior cimentação que permite identificar em campo como intervalos endurecidos. No contexto freático houve intenso desenvolvimento de texturas micríticas a espáticas, que provavelmente destruíram feições originais pedogenéticas. Os eventos freáticos foram provavelmente mais intensos ou mais importantes que os pedogenéticos na formação destes calcretes.
A Formação Guabirotuba
A Formação Guabirotuba é a principal unidade estratigráfica da Bacia
Sedimentar de Curitiba. O nome Guabirotuba foi atribuído por Bigarella & Salamuni (1962), que a caracterizaram como depósitos arenosos, argilosos e conglomeráticos, com alguns horizontes de calcretes, interpretados como