Solicitação de equipe
BIERSTEDT, Robert. “O pensamento sociológico no século XVIII”. In: BOTTOMORE, Tom e NISBET, Robert. História da Análise Sociológica.tradução de Walternsir Dultra Rio de Janeiro, Zahar.ano? cap.1.
Resenha
Na literatura que trata da origem da sociologia é comum encontrarmos referências a Auguste Comte 1798-1857 como o “pai” ou o fundador da sociologia. De fato, foi Auguste Comte que, no século XIX, não só criou o termo sociologia Bierstedt, 1980, mas foi também o primeiro a elaborar uma teoria sociológica tratando das relações sociais do homem em sua vida social. Entretanto, antes de Comte, particularmente no século XVIII, muitos outros pensadores embora sem uma preocupação clara em estudar as interações e as relações sociais que ocorrem na sociedade já haviam tratado de temas que viriam constituir-se objeto de estudo da sociologia. O objetivo do presente texto é mostrar como se manifestou esse pensamento sociológico que, já no século XVIII, trazia consigo idéias sobre a própria sociedade; sobre as maneiras e costumes existentes nas sociedades daquele século. Embora outros pensadores tivessem tratado de questões sociológicas em suas obras – Voltaire, Diderot, Condorcet, Saint-Simon, Vico, entre outros – por falta de espaço, discutiremos aqui apenas os aspectos sociológicos do pensamento de Montesquieu e de Rousseau.
Montesquieu 1689-1755 – pensador que escreveu sua principal obra, O espírito das leis, com um século de antecedência aos escritos de Comte – é considerado por alguns estudiosos como um sociólogo, pois, em sua explicação das sociedades humanas, não só exclui o sobrenatural como supostas causas da ocorrência dos fenômenos sociais, como também estuda as instituições sociais com métodos, isto é, através da comparação. Em seu estudo sobre as causas da grandeza e da decadência do Império Romano, por exemplo, Montesquieu considera que a causa principal da decadência foi a centralização do governo