Sofrimento
O sofrimento é uma realidade na vida do ser humano. Não há como escapar da experiência da dor física ou emocional, pois é parte intrínseca da nossa existência. A grande questão é a seguinte: Como conciliar a existência do mal com a bondade e a onipotência de Deus? Uma citação de Epicuro põe em foco esse problema: “Ou Deus deseja remover o mal deste mundo, mas não pode fazê-lo; ou ele pode fazê-lo, mas não o quer; ou não tem nem a capacidade e nem a vontade de fazê-lo; ou, finalmente, ele tem tanto a capacidade como a vontade de fazê-lo. Ora, se ele tem a vontade, mas não a capacidade de fazê-lo, então isso mostra fraqueza, o que é contrário à natureza de Deus. Se ele tem a capacidade, mas não a vontade de fazê-lo, então Deus é mau, e isso não é menos contrário à sua natureza. Se ele não tem nem a capacidade e nem a vontade de fazê-lo, então Deus é ao mesmo tempo impotente e mau e, consequentemente, não pode ser Deus. Mas se ele tem tanto a capacidade como a vontade de remover o mal do mundo ( a única posição coerente com a natureza de Deus), de onde procede o mal, e por que Deus não o impede?”
Ao longo da história, as pessoas lutam contra essa aparente contradição e têm proposto várias soluções, como: Negar a existência de Deus; Negar a existência do sofrimento; Colocar Deus acima do bem e do mal; O poder de Deus é limitado; Deus criou o mal para alcançar um bem maior, etc. E tanto Freud quanto Lewis também tiveram esses questionamentos e chegaram a conclusões totalmente opostas. Freud concluiu que Deus não existe. Lewis teve outra conclusão.
É interessante pontuar que não se pode saber o que é o mal a não ser que se saiba o que é o bem, e não se sabe o que é o bem a não ser que se possua um padrão objetivo de bem que esteja além de nós, portanto, a existência do mal não é uma prova contra a existência de Deus. Ela pode provar que Satanás existe, mas não pode provar que Deus não exista.
O sofrimento da vida de Freud e das vidas de quem