Socrates
Viveu em Atenas na época de Péricles, que foi caracterizado pelas grandes obras teatrais, particularmente as tragédias. Isso justifica, de certo modo, o fato de não se ter nenhuma alusão de um contemporâneo a respeito do que Socrates teria feito ou dito até aproximadamente 45 anos. O material que temos são os escritos de seus discípulos que os descrevem com 45 anos sendo um homem notado de sabedoria e de virtudes humanas. Ao contrario do personagem comico retratado por Aristofanes. Acredita-se que os relatos de Aristofanes teriam se passado antes de Socrates ser tocado pelos disseres do Oraculo.
Cidadao admirado e enaltecido por alguns – particularmente os jovens - , era, entretanto, criticado e combatido por outros, que nele viam uma ameaça para as tradições da polis e um elemento pernicioso à juventude.
Socrates prestava primeiro obediência a sua própria consciência. Indiscutível era seu destemor, de que já dera provas em tempos de guerra, como sua independência pessoal, manifestada pelo seu modo peculiar de viver e também quando se nega à conivência da trama politica alimentada pelos TRITAS TIRANOS.
O que mais o caracterizava era a atividade a que vinha se dedicando havia anos e era por essa atividade que ele era amado e odiado: CONVERSAR.
Socrates tinha como meta não somente o assunto em discussão, mas a própria alma do interlocutor, que através do debate era levado a tomar consciência de sua REAL situação, assim acabava reconhecendo que os seus conceitos eram mal formulados e obscuros. No cumprimento de sua missão, Socrates dialoga, geralmente com pessoas tidas como autoridade em algum assunto mas quando testadas revelam um conhecimento especifico restrito apenas em suas especializações e ficam perdidas quando levados a opinar sobre ou assunto muitas vezes de interesse geral para a humanidade. Alguns o aceitavam reconhecendo sua ignorância e reconheciam a oportunidade de um verdadeiro renascimento, para outros que se achavam em posse das