Sociologia
O número de divórcios no Brasil chegou a 351.153 em 2011, um crescimento de 45,6% em relação a 2010 (241.122). Isso fez com que a taxa de divórcios atingisse o maior valor desde 1984 (2,6 divórcios para cada mil habitantes de 15 anos ou mais de idade), ainda maior que no ano anterior (1,8‰). É o que mostram as Estatísticas do Registro Civil 2011, que revelam também o crescimento da guarda compartilhada dos filhos menores entre os cônjuges (5,4%), mais que o dobro do verificado em 2001 (2,7%), embora ainda persista a hegemonia da responsabilidade feminina (87,6%). O compartilhamento da guarda foi mais frequente no Pará (8,9%) e no Distrito Federal (8,3%) e registrou os menores percentuais em Sergipe (2,4%) e no Rio de Janeiro (2,8%).
A pesquisa detectou também mudanças na distribuição dos nascimentos por idade da mãe. Enquanto em 2001 as mães que tinham entre 30 e 34 anos representavam 14,73%, em 2011 este percentual foi de 17,63%. Na faixa entre 25 e 29 anos, os nascimentos passaram de 23,32% para 25,27% em dez anos. Já entre as mães de 20 a 24 anos, o percentual caiu de 30,74% para 27,53%. No Distrito Federal, os nascimentos cujas mães eram do grupo de 30 a 34 anos tiveram a segunda maior participação relativa (21,76%), indicando um padrão etário mais envelhecido na ocasião da maternidade. Distrito Federal (11,5%), Rio Grande do Sul (11,2%) e São Paulo (10,8%) foram os estados que tiveram os maiores percentuais de registros de nascimentos de mães com idade entre 35 e 39 anos.
Em relação aos registros extemporâneos, ou seja, os nascimentos não registrados no ano do nascimento da criança, houve diminuição de 28,2% para 6,7% em dez anos. Isso ocorreu de forma mais acentuada no Maranhão (de 69,0% em 2001 para 16,0% em 2011) e no Amazonas (de 60,4% para 26,2%).
As Estatísticas do Registro Civil trazem, ainda, informações sobre registros de óbitos, casamentos e separações. A publicação completa pode ser