sociologia
Desde muito cedo, ainda no século XIX, o Uruguai vem desenvolvendo uma política democrática baseada na educação, ao que pode ser creditado o afastamento das suas Forças Armadas da participação política. Entretanto, o sistema partidário, essencial para o desenvolvimento da democracia, não foi suficientemente forte para manter os militares completamente afastados do governo, vivendo o país momentos de militarismo. O Uruguai legalizou a maconha e o aborto. Aprovou lei que autoriza a venda e o consumo de maconha em quantidades controladas. Pela nova sistemática, farmácias autorizadas comercializarão no máximo 40 gramas por mês para cada usuário, que também poderá cultivá-la em casa (até seis plantas ou o equivalente a 480 gramas anuais).
O Nascimento do Estado
Os conhecedores da história do Uruguai são unânimes em afirmar que não é possível compreender o processo político deste país sem levar em consideração duas particularidades. A primeira é geopolítica: o país é um istmo entre dois grandes, Argentina e Brasil. Para se impor, restava à pequena nação buscar apoio em países externos ao subcontinente. A segunda encontra-se na formação política nacional do início do século XX, com a chegada de José Batlle y Ordóñez à presidência da República (1902).No esteio dos processos de independência da América do Sul, o Uruguai alcança a sua entre 1825, quando vence o conflito contra o Brasil, e 1930, neste momento com a mediação da Inglaterra. A participação da então força hegemônica da época na criação do país foi necessária, segundo os relatos históricos, pela característica geopolítica mencionada acima, o que levou o país a sempre orbitar em torno da Inglaterra e, já no século XX, dos EUA, para contrabalançar o poder dos países com os quais o Uruguai faz fronteira.
A geopolítica, entretanto, não foi capaz de garantir o afastamento militar do cenário político que, à semelhança de seus vizinhos hispânicos, vivenciou o caudilhismo como alicerce de formação do país