Sociologia
CRISES E DESEQUILÍBRIO SOCIAL
A CRISE DO ESTADO CONTEMPORÂNEOOsvaldo Luís Golfe |
INTRODUÇÃO
Quando falamos de neoliberalismo e globalização estamos falando de uma nova ordem mundial. Tal ordem é capaz de tornar obsoleta a já existente: o Estado entra em crise, e é obrigado a redefinir o seu papel; problemas sociais agravam-se cada vez mais e a desigualdade aumenta.
As conseqüências desta nova ordem mundial não demoram aparecer: "A renda dos brasileiros que estão no topo da pirâmide social, os 10% mais ricos, é quase dez vezes maior que a soma dos rendimentos dos brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza, cerca de 30% da população, na estimativa mais otimista"1. Junto com o desemprego, esta é uma questão que deve ser o alvo principal de qualquer governo.
Não podemos negar que os planos de estabilização trouxeram uma relativa tranqüilidade, porém, sucedido de recessão. Isto mostra que, em primeiro momento, tais planos não são duradouros. Quanto ao futuro deles é bastante incerta qualquer previsão.
Sem dúvida, hoje, mais do que nunca estamos sujeitos às intempéries mundiais. A grande questão é: "para quem deve o governo governar, para os mercados ou para a sociedade?" A resposta óbvia seria governar para a sociedade, porém não é isto o que acontece. Os Estados nacionais muitas vezes não conseguem governar para a sociedade porque grande parte do dinheiro é gasto com juros, etc.Com este trabalho, embora não tenhamos ainda perspectivas claras sobre a "nova ordem mundial", queremos acenar para esta crise que, sobretudo hoje, atinge o estado contemporâneo.
1. CRISE DO ESTADO CONTEMPRÂNEO
O marco inicial das sociedades contemporâneas é a Era das Revoluções Burguesas, que teve início com a Revolução Inglesa na Século XVII, tendo como auge a Revolução Francesa em 1789. Para muitos historiadores a Revolução Francesa faz parte de um movimento global que atingiu os EUA, Inglaterra, Irlanda, Alemanha, Bélgica,