sociologia
Aula 19- O contratualismo – Thomas Hobbes
Filósofo inglês foi um dos teóricos do absolutismo, tema abordado nas aulas de História
Geral. Hobbes chama a atenção tanto para o medo quanto para a esperança, enquanto motivadores de nossas ações: quando temos medo, agimos visando a nossa segurança; quando temos esperança, agimos imaginando que nossos desejos serão satisfeitos.
Essas escolhas geram conflitos e exigem um questionamento ético.
Um episódio recente da História do Brasil pode ser usado como exemplo: o embate entre o medo e a esperança foi um tema recorrente durante a campanha para as eleições presidenciais de 2002. Para alguns, a simples possibilidade de uma vitória do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva trazia o medo de que houvesse confusão, desgoverno ou mesmo perda de privilégios. Para outros, sua vitória trazia a esperança de mudanças benéficas para o país, principalmente na carente área social.
Sobre isso: afinal, o que leva as pessoas a fazerem o que fazem: medo ou esperança?
Segundo Hobbes, o contrato justifica a criação do Estado conforme ocorreu num passado distante. Nos dias de hoje, regimes autoritários quase sempre surgem e se mantêm a partir de atos de força, distantes de qualquer contrato com os cidadãos. Caberia um questionamento sobre o recente regime militar no Brasil (1964 – 1985): em que pese à mobilização muitas vezes heróica de seus opositores, havia uma maioria que permaneceu calada. Até que ponto esse silêncio legitimava o regime?
Sobre o medo descrito por Hobbes: acreditar que o homem é intrinsecamente mau não nos predisporia a agir com violência (logicamente, para nos defendermos), o que justificaria o contra-ataque daquele a quem consideramos potencial inimigo? Por outro lado, temos motivos reais para acreditar na bondade humana? O tema é árduo, uma vez que há uma tendência para se fazer uma leitura maniqueísta do humano. É possível ser essencialmente bom ou essencialmente mau? Não haveria uma