sociologia
“Não há uma humanidade
Há uma humanidade de classes
Escravos e Senhores”.
Assim como todas que a precederam, a sociedade capitalista burguesa dos nossos tempos não é "uma humanidade". É dividida em dois campos bem distintos, diferenciados socialmente por suas situações e funções, o proletariado (no sentido mais amplo da palavra), e a burguesia.
A sina do proletariado é, e tem sido há séculos, carregar o fardo de um trabalho físico e doloroso do qual proveem seus frutos, não para eles, no entanto, mas sim para outra classe privilegiada que possui propriedade, autoridade e os produtos culturais (ciência, educação, arte): a burguesia. A escravidão e exploração social das massas trabalhadoras formam a base na qual se ergue a sociedade moderna, sem a qual esta sociedade não poderia existir.
Isto gerou uma luta de classe, por vezes, assumindo um caráter aberto e violento, e por outras, um semblante de progresso vagaroso e inatingível, que reflete carências, necessidades e o conceito de justiça dos trabalhadores.
No domínio social, toda história humana representa uma corrente ininterrupta de lutas realizadas pelas massas trabalhadoras pelos seus direitos, liberdade e uma vida melhor. Na história da sociedade humana esta luta de classe tem sido sempre o fator primário que determinou a forma e estrutura destas sociedades.
O regime social e político de todos os estados está acima de todo e qualquer produto da luta de classe. A estrutura fundamental de qualquer sociedade nos mostra o estágio no qual a luta de classe tem gravitado e deve ser encontrada. A mínima mudança no curso das batalhas de classes, nas posições relativas nas quais se encontram as forças da luta de classe, produz modificações contínuas no tecido e na estrutura da sociedade.
Tal é o geral e universal âmbito e significado da luta de classe na vida das sociedades de classes.