sociologia
O conceito de violência simbólica é utilizado por Pierre Bourdieu, sociólogo francês, ao referir-se aos sutis mecanismos de dominação e exclusão social, utilizados por indivíduos,grupos ou instituições, e impostos sobre outros. Tal conceito nos auxilia a compreender inúmeras situações do cotidiano em que tal forma de violência ocorre. Falaremos aqui especificamente da Televisão. Por sua própria estrutura e linguagem, a televisão é marcada por violência simbólica. Basta observarmos a rapidez com que as notícias são apresentadas, passando-se por exemplo, de uma situação que expresse miséria, guerras, chacinas, para uma situação de diversão, entretenimento, por vezes até, fictícia. Com a mesma expressão com que se anuncia a morte, anuncia-se o último capítulo da novela, o produto recém-lançado no mercado, o desfile do morumbi -fashion... Passamos a “chorar pela virtualidade” e nos tornamos passivos e apáticos frente `a realidade. A banalização da violência explícita é uma das piores formas de violência simbólica, e trata-se de um fenômeno corriqueiro no universo televisivo. Uma marcante expressão de violência simbólica na televisão está nas propagandas comerciais, que enaltecem a sociedade de consumo, impondo padrões de estética, de competitividade, de sucesso, de privacidade, de narcisismo, que fazem com que o cidadão seja reduzido ao papel de mero consumidor, sendo reduzida sua personalidade e sua visão de mundo. Tudo se torna mercadoria. O sexo banalizado exerce violência simbólica, especialmente sobre crianças e adolescentes, dos quais é retirado o direito de serem preservados em sua integridade física e psíquica. A televisão é um dos veículos que mais facilitam a disseminação dessa forma de violência, mas tem como cúmplices pais e professores. Falemos destes últimos. Recordamo-nos de uma professora do ensino fundamental que no ano 2000, organizava uma festa em comemoração aos “500 de Brasil”, programando uma apresentação de