sociologia
O Consenso de Washington é um conjunto de princípios orientados para o mercado, traçados pelo governo dos Estados Unidos e por instituições financeiras internacionais (FMI, Banco Mundial), as quais o próprio país controla. Pode-se dizer que foi arquitetado pelos senhores da economia privada. Esse sistema é implementado de diversas formas pelos próprios elaboradores, digamos assim, em sociedades mais vulneráveis, com o intuito de promover o ajustamento macroeconômico de países em desenvolvimento.
As regras básicas formuladas por este consenso resumem-se em: liberalização do mercado e do sistema financeiro, fixação dos preços pelo mercado, fim da inflação e privatização. São baseadas em medidas liberais clássicas de Adam Smith, mas agora demonstrando um fortalecimento maior das empresas privadas e da potência econômica dos EUA.
Com a grande depressão de 1929, o governo norte-americano implementou medidas marcadas por forte intervenção estatal com o intuito de recuperar a economia. O Estado ganha força e se estabelece como agente da promoção social e organizador da economia. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, com a Europa e Japão destruídos, o que significava não concorrência para os EUA, este buscou medidas para consolidação do capitalismo como modelo hegemônico. Com a ameaça do socialismo, o capitalismo necessitava de ações para o seu fortalecimento. As medidas neoliberais (consolidadas com o Consenso de Washington) surgiram realmente na década de 80 como uma reformulação do capitalismo após um momento de grande crise como foi a chamada crise do petróleo.
A doutrina que rege o livre mercado se desmembra em duas variantes: a primeira é a “doutrina oficial imposta aos indefesos” e a segunda, “doutrina do livre mercado realmente existente”: a