sociologia
A trindade intelectual composta pelo sociólogo Max Weber, pelo economista Joseph Schumpeter e pelo jurista Hans Kelsen consagrou a mais elegante e notória noção de democracia, enquanto sistema institucional de escolha dos governantes de uma nação e que lhes torna politicamente responsáveis em relação aos governados.
Para Weber, a democracia é uma luta entre leaders que disputam entre si a simpatia eleitoral do povo: os mais fracos são eliminados.
A democracia é, portanto, uma competição entre grupos de elite, os partidos, dirigidos por seus líderes. Trata-se de uma “concorrência pelo comando” na qual os leaders combatem pela conquista do poder com as palavras, ao invés da violência, propondo si próprios aos eleitores. A esses cabe apenas estabelecer, através das eleições, qual líder e grupo de poder deve prevalecer. Os programas de um partido e a ação dos governantes respondem aos interesses dos eleitores e dos governados apenas na medida em que sirvam para se obter o consenso e a vitória política.
Também para Kelsen a democracia é um método de criação de líderes e uma ordem social.
Sua formação de jurista o permite perceber que tal método é em primeiro lugar e especificamente um procedimento.
A democracia é certamente caracterizada por normas que instituem procedimentos, através dos quais os conflitos devem encontrar uma saída, a fim de se conquistar o poder político e fazer valer os diversos interesses das partes.
Portanto, segundo Bobbio, por sistema democrático hoje se entende, preliminarmente, um conjunto de regras procedimentais cuja observância faz com que o adversário não seja mais considerado um inimigo, mas um opositor.
Também quem afrontou a questão desde um prisma filosófico expressa conceitos que atendem a uma concepção procedimental de democracia. Popper evidenciou como esta é um conjunto de instituições que permitem o controle público dos governantes e seu afastamento por parte dos governados e que