Sociologia segundo Durkheim
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Como Émile Durkheim define a sociologia, qual seu objeto de análise e como esse deve ser tratado metodologicamente? Durkheim define a sociologia como “a ciência das instituições sociais, de sua gênese e de seu funcionamento”, porque as instituições seriam a base da sociedade e a solidificação de uma consciência coletiva que dá sentido de integração entre os membros da sociedade, e que correspondem, em suas palavras, a “toda crença e todo comportamento instituído pela coletividade”. Durkheim estabelece a sociologia de uma forma rigorosamente científica. De acordo com ele, a sociologia deveria assentar-se em uma base sólida afastando-se de todas as orientações que transformavam a investigação social numa dedução de fatos particulares, mergulhada em generalidades abstratas, interpretando a realidade social sem critérios e sem limites impostos pela ciência. Enxerga a sociologia enquanto ciência nos moldes das ciências exatas (física, química, etc.). Esta deveria delimitar com rigor o objeto de estudo de seu interesse; definir um objeto de investigação próprio, específico, distinto do objeto analisado por outras ciências. Em sua obra “As Regras do Método Sociológico (1895)”, Durkheim afirma que a sociologia deve estudar fatos essencialmente sociais e procurar interpretá-los sociologicamente. Era positivista, e, portanto, baseava sua maneira de pensar na suposição de que é possível observar a vida social e reunir conhecimentos confiáveis, válidos sobre como ela funciona. Esses conhecimentos poderiam ser usados para afetar o curso da mudança e melhorar a condição humana. O positivismo afirma também que a sociologia devia interessar-se apenas pelo que pode ser observado com os sentidos e que as teorias de vida social deveriam ser formuladas de forma rígida, linear e metódica, sobre uma base de fatos verificáveis: os fatos sociais, sendo estes seu objeto de análise.
Define Durkheim a respeito dos fatos sociais (1970, p.87-88):
“Antes de procurar saber qual é o