Sociologia - poder
A interpretação da metafísica como estudo do "sobrenatural" é de origem neo-platônica. A tradição escolástica identificou o objeto de estudo da metafísica com o da teologia, ainda que tenha distinguido as duas pelos métodos usados: para explicar Deus, a metafísica recorre à razão e a teologia à revelação.
A metafísica é a mais elevada das ciências filosóficas, por lidar com problemas que transcendem e abrangem todas as dimensões do conhecimento; mas ao mesmo tempo é a mais simples, porque se cristaliza em princípios que todos os seres humanos de inteligência superior ou mediana podem compreender, uma vez superada a barreira da linguagem técnica.
A metafísica de Parmênides é definida como a Metafísica da Identidade a qual busca a essência imutável e eterna do ser, contrapondo o “tudo flui” de Heráclito.
Em sua doutrina Parmênides utiliza a dialética negativa como instrumento para chegar à verdade estática e absoluta. Ele nega a transformação do ser, o que lhe implicaria a idéia de temporalidade. O ser em Parmênides não nasce e padece, o ser é estático e absoluto, para o ser só existe o “é”.
"Em Éfeso, Heráclito, dando primazia absoluta à experiência dos sentidos conclui pelo puro devir, negando ao ser toda a imobilidade e unidade
A razão parecia fundamentar o ponto de vista de Parmênides. A experiência, porém, favorecia a posição de Heráclito. (...)
Assim, aconteceu com as primeiras elaborações metafísicas. As explicações propostas tanto por Parmênides quanto por Heráclito e seus discípulos não foram consideradas satisfatórias. Antes, pelo contrário, levaram as mentes a um grave impasse.
De fato, se a multiplicidade e as transformações são um engano dos sentidos