Sociologia II - Marx, Weber, Torcqueville e Durkheim

1 – A Sociologia como ciência, surge no século XIX, no momento de desagregação da sociedade feudal e consolidação do capitalismo, para resolver questões sociais, foca o coletivo, analisa o homem no meio social, a partir do surgimento do fenômeno da “multidão”, que passa a fazer parte do cotidiano das grandes cidades, onde a identidade individual passou a ser substituída por uma noção de identidade coletiva. Com a modernidade e o surgimento da categoria indivíduo, foi possível organizá-los em sociedade, e a partir daí pôde ser criado a ciência que estuda a sociedade. Com o desenvolvimento de uma sociedade industrial, de caráter urbano, traz à tona novos problemas sociais, como a pobreza, os quais devem ser compreendidos por uma nova ciência. Mas, embora a Sociologia tenha se pretendido como uma ferramenta de intervenção na sociedade em alguns momentos, ao longo de sua constituição enquanto área de conhecimento, ela não tem como maior objetivo solucionar os problemas que afetam a vida em sociedade, mas sim compreendê-los e explicá-los, como forma de colaborar para a construção de vias alternativas para a resolução de problemas.
2- Karl Marx na sua teoria denominada de materialismo histórico defende que a mudança social e as transformações que ocorrem nas sociedades ao longo da história resultam de fatores materiais (capital) e que as lutas de classe são o verdadeiro motor da história. As lutas de classe segundo Marx dependiam da relação desigual entre o proletariado (classe operária) e os capitalistas (burguesia, detentores da propriedade privada). Ou seja, para Marx, a luta entre dominados e dominadores, entre trabalho e capital, são responsáveis pelas alterações que acontecem nas sociedades. Marx acreditava que a classe operária viria a revoltar-se e que no futuro existiriam sociedades sem classes, ou pelo menos sem tantas desigualdades, o que se revelou utópico e nunca chegou a acontecer. O conceito de ideologia no pensamento Marxista (materialismo dialético)