Sociologia do filme a Onda
Curso: Psicologia
SIMMEL, Georg. Questões fundamentais da sociologia: indivíduo e sociedade; tradução, CALDAS, Pedro. Rio de Janeio, RJ: Jorge Zahar, Ed., 2006. p.39-54
A Onda
O filme é uma metáfora a respeito do surgimento do nazi-fascismo e sobre o poder doutrinário dos rituais e movimentos ideológicos políticos e religiosos. O uso de slogans, palavras de ordem e a adoração a um suposto “grande líder” se repetem na história da humanidade: aconteceu na Alemanha nazista, na Itália fascista, na China com a “revolução cultural” promovida por Mao Tsé Tung e também no chamado ‘socialismo real’ da União Soviética.
No filme, um grupo de alunos alemães ao qual está sendo ministrado um curso sobre ‘autocracia’, adere à proposta do professor de se comportarem, durante uma semana, como se estivessem em um sistema autocrático. O professor toma a função de líder; algumas regras são estabelecidas, como ‘antes de falar ser necessário pedir permissão e ficar de pé’; um símbolo é adotado; um uniforme proposto... E logo o que não passava de uma proposta interpretativa, torna-se uma obsessão para muitos dos jovens envolvidos.
Muito interessante, torna-se, então, a análise de alguns conceitos expostos por Simmel, no livro: Questões fundamentais da sociologia: indivíduo e sociedade.
Logo no começo do filme, o estilo de vida dos atuais adolescentes alemães é apresentado. Em um diálogo que sintetiza as idéias de toda uma geração apresentada, um deles fala: ‘contra o que podemos nos rebelar hoje em dia? Nada mais tem importância’. Ao que o outro concorda e diz que a pessoa mais procurada no Google é uma atriz pornô, Paris Hilton.
Não há nenhuma grande causa, nenhum grande objetivo – E é desse desprendimento que o sentimento coletivo os resgata, assim como assinalou Simmel:
‘As ações das sociedades teriam um propósito e uma objetividade muita mais definidos que os individuas. (...) Os grupos sociais, (...), mesmo que