Sociologia Alemã
Max Weber (1864 – 1920). Nasceu na cidade de Erfurt, Alemanha, em uma família de burgueses liberais. Desenvolveu estudos de direito, filosofia, história e sociologia, constantemente interrompidos por uma doença que o acompanhou por toda a vida.
Iniciou a carreira de professor em Berlim e, em 1895, foi catedrático na Universidade de Heidelberg. Na política, defendeu ardorosamente seus pontos de vista liberais e parlamentaristas. Sua maior influência nos ramos especializados da sociologia foi no estudo das religiões, estabelecendo relações entre formações políticas e crenças religiosas. Suas principais obras foram: Economia e Sociedade e A ética protestante e o espírito do capitalismo.
Introdução
França e Inglaterra desenvolveram o pensamento social sob a influência do desenvolvimento industrial e urbano, que tornou esses países em potências emergentes nos séculos XVII e XVIII e sedes do pensamento burguês da Europa. A indústria e a expansão marítima e comercial colocaram esses países em contato com outras culturas e outras sociedades, obrigando seus pensadores a um esforço interpretativo da diversidade social. O sucesso alcançado pelas ciências físicas e biológicas, impulsionadas pela indústria e pelo desenvolvimento tecnológico, fizeram com que as primeiras escolas sociológicas fossem fortemente influenciadas pela adaptação dos princípios e da metodologia dessas ciências à realidade social.
Na Alemanha, entretanto, a realidade é distinta. O pensamento burguês se organiza tardiamente e quando o faz, já no século XIX, é sob a influência de outras correntes filosóficas e da sistematização de outras ciências humanas, como a história e a antropologia. A expansão econômica alemã se dá, por outro lado, em uma época de capitalismo concorrencial, no qual os países disputam com unhas e dentes os mercados mundiais, submetendo o seu imperialismo às mais diferentes culturas, o que torna a