Sociedade

386 palavras 2 páginas
A sociedade brasileira nasceu sob o signo das fórmulas, onde tudo que havia sido construído ou que foi encontrado nos trópicos deveria dar lugar à crença mágica do poder das ideias que floresciam no velho mundo ibérico. Mergulhar na compreensão do povo brasileiro exige, portanto, o afastamento parcial ou total dos esquemas eurocêntricos que sempre têm as fórmulas prontas para explicar a Ibero-América. Vê-se, então, que esquema como o marxista aceito, sem grandes reparos no mundo europeu e no anglo-saxão não encontra lógica na explicação da nossa realidade. Exemplo como esse não dão conta da nossa realidade, em que o saber erudito é tantas vezes espúrio, e o suposto “não-saber popular” consegue, constantemente, alcançar atitudes críticas que mobilizam consciências que produzem movimentos de profundos de reestruturação social. Nesse sentido, ensina, Darcy Ribeiro[1] que no Brasil “não havendo burguesias progressistas disputando com aristocracias feudais, nem proletariados ungidos por irresistíveis propensões revolucionárias, mas havendo lutas de classe, existiram blocos antagonistas embuçados a identificar e caracterizar”. O mesmo mestre adverte que falar de liberais, conservadores, radicais ou de democracia e liberalismo e até revolução social e política pode ter sentido em outros contextos sociais; no caso brasileiro não significa nada, tal a ambiguidade com que esses conceitos se aplicam aos agentes mais diferentes e às orientações mais desconexas.
Somente uma nova proposta de esquemas das classes sociais e dos desempenhos políticos, como desenvolvida por Darcy Ribeiro, em “O dilema da América Latina”, que situa esses valores “debaixo da pressão hegemônica norte-americana em que existimos, sem nos ser, para sermos o que lhes convém a eles”. Dentro desse raciocínio vale jogar pequenas células de esclarecimento na construção de uma das facetas da burocracia nacional, qual seja o Direito, e, tentar afastar a ideia de que problema como esse são resolvidos

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