Sociedade e Cultura.
Tylor definiu Cultura como a expressão da totalidade da vida social do homem, caracterizada pela sua dimensão coletiva, adquirida em grande parte inconscientemente e independente da hereditariedade biológica. Privilegiou a palavra Cultura por entender que Civilização remete a constituição de realizações materiais dos homens, perdendo o sentido quando se trata de sociedades primitivas. Para Tylor, a sua nova definição de Cultura, que era descritiva e não normativa (sem conceitos pré-determinados), tinha a vantagem de ser uma palavra “neutra” capaz de pensar em toda a humanidade. Acreditava na idéia de progresso, nos postulados evolucionistas, na unidade psíquica da humanidade (todos temos a mesma capacidade mental) e na concepção universalista da Cultura (a cultura enquanto algo de toda a humanidade). A grande contribuição de Tylor, foi a sua tentativa de conciliar a evolução da Cultura e sua universalidade. Foi o primeiro a abordar os fatos culturais sob um prisma sistemático e geral. Quando esteve no México, Tylor elaborou um método de estudos da evolução da cultura pelo exame das sobrevivências culturais (elementos culturais do passado que sobrevivem sem explicação plausível). Pensava ser possível, através desse método, reconstituir o conjunto cultural original, chegando à conclusão de que a cultura dos povos primitivos representava a cultura original da humanidade. Adotou, a partir daí, o método comparativo, pois as culturas singulares estavam ligadas umas as outras em um movimento de progresso cultural, sendo possível dessa maneira, estabelecer uma escala dos estágios da evolução humana.
Tylor postulava que entre primitivos e civilizados não havia uma diferença de natureza, mas de grau de avanço no caminho da cultura. Considerava também, em certos casos, a hipótese difusionista (que a partir de um povo determinada invenção se expandia aos outros através do contacto cultural) como explicação da similaridade entre