Sociedade Moderna
A sociedade moderna se caracteriza por símbolos, valores, representações e instituições marcadas por determinadas formas de saber e de poder, ocupantes de uma posição hegemônica. O exercício dessa hegemonia dependeu, em grande medida, desde as conquistas dos grandes impérios sobre povos colonizados até os modelos mais avançados de dominação.
Com o início do período do meio técnico-científico-informacional, há um declínio da ideia de nação como centralizadora da funcionalização do território. O desenvolvimento das redes de transporte e informação criam a fluidez do território, o que significa que aquele enraizamento – pleno no meio natural – parece ter-se perdido por completo, pela força maximizadora das lógicas e temporalidades humanas, que tornam supérflua qualquer forma de pertencimento, mesmo a do território nacional. Observam-se fenômenos como o desenvolvimento de setores da economia de alta tecnologia, como a agroindústria e a intensificação da especialização territorial, fragmentando ainda mais o espaço utilizável. É o período em que “o capital comanda o território, e o trabalho, tornado abstrato, representa um papel indireto”. E nas diferentes instâncias em que esse comando se firma, da autonomia relativa dos lugares de produção e reprodução passa-se à interdependência, condicionada pelo mercado global, por sua vez controlado por um grupo restrito de produtores. Dentro da lógica desse mercado global, embora continuem sendo válidas a noção de território nacional e as categorias relacionadas a ela, não traduzem o que se passa na prática, pois funcionam apenas como um suporte para o espaço que pertence ao mercado. Destaca-se que a análise sobre os estágios de territorialização necessita ser abordada levando-se em conta o processo de globalização, suas características e consequências na constituição das políticas do espaço. É evidente que a globalização hegemônica2 tem como um dos seus efeitos a fragmentação do espaço ao extremo das