Famintos
Manuel Muanza (Docente)
Elsa Josina (Discente)
ISCED – Luanda-2013
3ºano
Curso: Português
Resumo: Este trabalho tem como objectivo discorrer uma análise possível em torno da obra do escritor Luís Romano, Famintos, e demonstrar que a mesma enquanto surgira desempenhou uma função social, retratar e denunciar os males sociais do seu contexto de surgimento. E, a partir do conceito de engajamento apresentado por Wellek e Warren, apresentado por Francigelda Ribeiro, tentar demonstrar que Famintos pode ser enquadrado no conjunto de obras consideradas engajadas/de compromisso.
Palavra-chave: Famintos, Cabo-verde, Literatura de engajamento/compromisso.
Famintos, romance do escritor cabo-verdiano Luís Romano, escrito em 1940, transportado clandestinamente para África e publicado no Brasil em 1960, como se pode constatar nos textos introdutórios.
Esta obra, se observada num aspecto formal, isto é, a maneira como os textos se apresentam, é susceptível de ser considerada como uma obra de género híbrido. Constata-se, pois, a predominância de várias tipologia de género, menciona-se: o lírico, como se pode observar nas temáticas Irmão Branco (P. 39); Negreiro (P.285); Crime (P.297).
E na perspectiva de prevenir os leitores do que possivelmente encontrarão nas entranhas da obra, o autor recorre à epístola, como se pode constatar em Irmão (P.41).
A obra em estudo, Famintos, apesar de possuir outros géneros, é uma narrativa (do género romance) e cuja estrutura textual é predominantemente em prosa. Portanto, tal criatividade do autor, de apresentar numa única obra uma série de tipologia textual (hibridismo textual), dá à obra um valor estético.
É de notar que toda e qualquer obra de cunho literário não tem apenas como único objectivo, proporcionar valor estético ao seus leitores, que se concretizará na disposição dos textos bem como no jogo de palavras e/ou das figuras da linguagem que se pode determinar na mesma.
A esse respeito e para