Socidade
Culturalmente e historicamente, podemos perceber uma grande separação entre meninos e meninas, tal separação é imposta pela cultura e ocorre antes mesmo do nascimento. Quando uma mulher descobre que esta grávida de um menino, inicia-se uma verdadeira corrida em busca de roupas e decoração para o quarto em tons de azul, brinquedos como carrinhos e bola, o mesmo acontece quando a mulher descobre que esta grávida de uma menina, porém, a procura é por roupas e decoração em tom de rosa e brinquedos como bonecas.
Para Rousseau essa separação entre meninos e meninas não está restrita as cores, ele acredita que a educação também deve ser diferente para as mulheres que devem ter o homem como referência, tendo como preocupação principal agradá-los e cuidar do lar, deixando o saber para os homens. Concordando com Rousseau, Kant afirma que a mulher que busca o conhecimento se afasta de sua beleza, sensibilidade e emoções. O corpo da mulher é um objeto disponível para o olhar do outro, sendo assim a desigualdade entre os sexos é natural e essencial, portanto o homem representa a força, razão e racionalidade enquanto a mulher representa fragilidade, emoção e incapacidade natural para questões do intelecto.
Analisando a abordagem de Rousseau e Kant, verificamos a forte influência da cultura sobre as concepções de homem e mulher, criados para exercer papéis muito diferentes perante a sociedade, o homem precisa ser forte para ser homem, enquanto a mulher precisa ser frágil para ser mulher, ignora-se a individualidade de cada um e impõe um destino que parece estar pronto logo que a criança nasce. A mulher é inferiorizada, tendo importância apenas para a conservação da espécie e o homem é criado para a vida pública, dessa forma ambos não tem poder de decisão e de escolha sobre sua própria vida, são criados apenas para cumprir aquilo que a sociedade e a cultura espera que façam.
De