Sociabilidade do sistema carcerário brasileiro - robson augusto mata de carvalho
‘’COTIDIANO ENCARCERADO: O tempo como pena e o trabalho como prêmio ‘’ Robson Augusto Mata de Carvalho
‘’ As relações sociais dentro das prisões tendem a institucionalizar uma verdadeira ’Sociedade dos cativos’. “
Sociabilidade do sistema carcerário brasileiro
O referido texto faz abordagem da sociedade prisional demonstrando-nos, através de pesquisas e relatos, o empreendimento do tempo do prisioneiro. A descrição da mini sociedade dos cativos é muito peculiar, diferentemente organizada e institucionalizada. Dentro da cadeia, segundo o texto, existem regras e padrões de conduta, aprendizado, representações e princípios. À medida que o tempo passa a vida do individuo também passa.
Pois bem, devido à morosidade do poder judiciário, da forma que o individuo é tratado, dentro das cadeias existe a universidade do crime, que indica o que ocorrerá enquanto esse, ali habitar. Tudo se inicia no primeiro contato. Dentro do presídio existem grupos sociais, instituições, cada um exerce um papel social. Embora o tempo pareça ocioso , eles não podem fazer tudo que querem, existem regras de como proceder e como atuar. A princípio o novato precisa ser aceito, dar explicações e aprender algumas regras básicas. Neste primeiro contato ele começa a se integrar, se socializar, fazer parte daquele ambiente, mas isso não lhe garante estabilidade, a imprevisibilidade estará sempre presente, as regras não são homogêneas.
Existem grupos dentro dessa sociedade, basicamente dois grupos. Os que não estão querendo mudança, os conformados, e um segundo grupo aqueles que trabalham, produzem, querem se integrar ser reintegrados. Possivelmente o primeiro caminho seja passar por essa mini sociedade não opcional, mas obrigatória e inevitável para aquele que ali está.
Independente de cada grupo ter sua regra e ordem, os dois também possuem regras em comum, por exemplo, não devem provocar uma rebelião, ou seja, mesmo uma sociedade marginalizada precisa de regras para