sobre ética e psicanélise

Sobre ética e Psicanálise podemos descrever de pelo menos duas formas distintas sua ligação. A ética profissional, relacionada a proteção dos “clientes”, e a ética relacionada as implicações éticas do advento da psicanálise no ocidente.
“Apsicanálise não surgiu como proposta de uma “nova ética” para o mundo moderno”.(pag.7)
Porém a autora cita que houve um abalo profundo e a obrigação de se repensar em pontos como as relações do homem com o bem a partir das ideias freudianas. E quanto a isso a ideia da autora é ver quais foram as atribuições de freud para a construção da ética moderna ou desconstrução dos mesmos parâmetros na tradição pré-moderna.
A psicanálise cada vez mais é questionada e defendida como um método eficaz pelos amantes das neurociências e diversas técnicas comportamentais, a sociedade contemporânea vê isso como a cura para todos os males, onde poderia se libertar e viver feliz. Mas esse provavelmente é um dos motivos para que a depressão seja uma das mais frequentes sintomas psíquicos desde o século passado, pois em vez de se questionar e descobrir o problema a busca é por meios que tragam rapidamente o conforto tirando a inquietação. Pois a busca é de respostas prontas e o problema é que muitas vezes não se tem a capacidade de enxergar isso em determinada situação.
“O informulável é a doença do pensamento” . Lévi Strauss – Eficácia simbólica (pag.9).
Indicando a nossa intolerância aos aspectos da existência vazios de discurso. O homem busca preencher este vazio com domínios individuais simbólicos sobre o corpo, a vida, a morte, entre outros, porém, ainda não conseguiu enxergar que não existe individualismo nesse ponto, assim como todo ato de fala isto é algo coletivo
“até mesmo um maluco falando sozinho na rua”