Sobre raios
Os raios sempre foram motivo de fascínio, tanto que mitos e superstições relacionados com descargas elétricas estiveram presentes no surgimento das primeiras religiões. Diversas explicações mitológicas foram propostas ao longo da história, até que, noséculo XVIII, o cientista norte-americano Benjamin Franklin descobriu a natureza elétrica do fenômeno. Atualmente, os mais variados instrumentos, como câmeras digitais de alta velocidade, detectores de radiação eletromagnética e osciloscópios, são utilizados para estudo deste fenômeno atmosférico.
Com tais pesquisas descobriu-se que existem raios negativos, nos quais as cargas negativas vão da nuvem ao solo, e raios positivos, que são muito mais perigosos e mais raros do que as descargas negativas. Além do trovão, os raios produzem diversos tipos de radiação eletromagnética, algumas delas de alta energia, como raios X e raios gama. Dependendo da frequência, essas ondas podem ficar presas na ionosfera da Terra, e assim ficar circulando o planeta, criando a ressonância Schumann. A imensa carga dos raios produz, ainda, eventos luminosos na alta atmosfera que acontecem muito acima das nuvens e não são visíveis da superfície da Terra, mas já foram fotografados por aviões e satélites.
Por meio de satélites também é possível contabilizar a quantidade de raios que acontecem no mundo em tempo real. Em média, de cinquenta a cem descargas