Sobre iluminismo
O movimento extremamente elitista e intelectual conhecido como Iluminismo, tinha como principal base ideológica o uso da razão como parâmetro de estudo, análise e reflexão. Nesse sentido, não cabia mais ao homem simplesmente aceitar o que era imposto à ele tanto por conceitos religiosos quanto monárquicos. A igreja, a partir desse momento, não era mais a detentora do conhecimento, e sim o homem que possuía a capacidade de pensar e, por isso, deveria por obrigação buscar explicações e respostas desvinculadas da fé.
Seguindo essa idéia, o fim do absolutismo monárquico, do mercantilismo e do poder clerical é trivial para a formação de uma sociedade justa, na qual todos os homens eram considerados iguais perante a lei. Afinal, em qual princípio racional justificava a submissão de homens fisiologicamente iguais, porém com mães e pais diferentes? Ou, até mesmo, porque o homem, principal objeto de estudo do iluminismo deveria se impor ao clero, se esses eram também de natureza humana.
Nesse sentido, podemos perceber que os ideias iluministas estavam fortemente ligados aos interesses da burguesia, classe que apesar de rica não detinham qualquer poder político e privilégios exclusivos do clero e da nobreza. Por esse motivo, são os burgueses os maiores defensores dos pensamentos iluministas, que acabavam com a intervenção do Estado e do clero na economia e na sociedade, ampliando seus negócios e seu status social.
É apoiado nesses pensamentos que a Europa se vê em uma grande fase de mudanças, começando na França com a Revolução Francesa, apoiados no lema: “liberdade, igualdade e fraternidade”. Foi a partir dessa revolução que se houve o fim das extravagâncias e irresponsabilidades da monarquia e do clero, a favor não somente dos burgueses, mas também da população, tão reprimida e calada por tantos séculos pelo simples motivo: a fé.
Além disso, podemos destacar a Independência dos Estados Unidos, colônia inglesa reprimida, explorada e submetidas