Sobre China e Tibeti
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Motivo dos conflitos:Em março de 2008, o mundo voltou a olhar com apreensão para o Tibete, região central da Ásia controlada pela China. Uma manifestação pacífica de monges contra o domínio chinês rapidamente ganhou toques de violência e dramaticidade, com lojas e carros incendiados, repressão militar, prisões e um saldo de ao menos 13 mortos. Meses antes do início das Olimpíadas, a China acusa os manifestantes de criar embaraços a Pequim, tentando jogar a opinião pública mundial contra o governo comunista. Do outro lado, está o líder espiritual do Tibete, o Dalai Lama, que vive no exílio e pede autonomia para a região, controlada pela China desde 1951. A China ocupa o Tibete desde 1951. Os primeiros conflitos entre os dois países, no entanto, começaram muito antes. No século XIII, o Tibete foi conquistado pelo império mongol. Em 1720, foram os chineses, durante a dinastia Ching, que invadiram o país. Em 1912, com a queda da dinastia, os tibetanos expulsaram da região as tropas chinesas e declararam autonomia. Em 1913, numa conferência realizada em Shimla, na Índia, britânicos, tibetanos e chineses decidiram dividir o Tibete: uma parte seria anexada à China e outra se manteria autônoma. Ao retornar da Índia, o 13º Dalai Lama declarou oficialmente a independência do Tibete. Porém, o acordo de Shimla nunca foi ratificado pelos chineses, que continuaram a reivindicar direito de posse sobre o território. Em 1918, houve um conflito armado entre chineses e tibetanos: Rússia e Inglaterra tentaram, sem sucesso, intervir. Em setembro de 1951, o Tibete foi, então, integralmente ocupado pelas forças comunistas de Mao Tsé-tung, sob o pretexto de "libertar o país do imperialismo inglês".
Origem dos conflitos:
Os conflitos ocorrem por uma questão histórica. A China diz que o Tibete faz parte de seu território desde meados do século XIII e deve ficar sob o comando de Pequim. Muitos tibetanos afirmam que a região do Himalaia ficou independente durante vários séculos e o