Sobre as “Hipóteses Contemporâneas de Pesquisa em Comunicação” de Antonio Hohlfeldt
Nos cinquenta anos entre as décadas de vinte e setenta foram formuladas inúmeras teorias da comunicação, que podem, de acordo com Mauro Wolf, ser divididas em grupos. As teorias se encaixam mais de acordo com os paradigmas americanos, ou com os paradigmas europeus. Além disso, elas são de certa forma, excludentes entre si. Por conta disso, no final dos anos 60 surgiu nos Estados Unidos, o chamado communication research, onde pesquisadores procuravam pontos em que as teorias pudessem se cruzar. O agenda setting: Surgiu com base nas obras de Gabriel Tarde e Walter Lippmann. Para Lippmann a realidade não é percebida por nós diretamente, mas por intermédio da imaginação.
O agenda setting pressupõe que hajam os meios de comunicação (influenciando os receptores a médio e a longo prazo, ao contrário do que as antigas teorias previam, de ser a curto prazo), um fluxo contínuo de informação (o chamado “efeito enciclopédia”) e o poder de influência dos meios sobre os assuntos e as opiniões do público (a mídia transfere suas prioridades para os receptores).
Dependemos da mídia para nos informarmos, e com isso, ela não impõe conceitos a nós, mas guiam nossas atenções para determinados assuntos.
Maxwell percebeu, por meio de um acompanhamento eleitoral, que não só a mídia influenciava os eleitores, como também os candidatos, que de acordo com o que era levado a público, incluíam novos temas a suas agendas.
O news making: Refere-se mais especíificamente ao jornalismo que à comunicação como um todo. Diz respeito ao preparo da notícia, ponderando sobre a relevância dos temas. A este filtro, dá-se o nome de gate keeping. O gate keeping não se relaciona à censura, apesar de ser basicamente umam distorção da notícia. Para o news making o jornalista deve enxergar o chamado “valor-notícia” da informação. Esse valor diz respeito a determinadas categorias relativas ao produto,