Situação da hanseníase em alagoas
Angela CMP¹; Clarissa CA² 1. Coordenadora do Programa Estadual de Eliminação da Hanseníase-Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas; 2. Grupo-Tarefa da Hanseníase em Alagoas/Ministério da Saúde.
INTRODUÇÃO
Doença infecto-contagiosa, causada pelo M. leprae, manifesta-se essencialmente por acometimento do sistema nervoso periférico e pele, apresentando um alto potencial incapacitante devido ao dano neurológico que pode ocasionar. (SOUZA; NOBRE; DIAS, 2005 e AQUINO;CALDAS; SILVA; COSTA,2003) A grande magnitude e sua ampla abrangência no território nacional faz com que se torne um grave problema de saúde pública. Para controlar e eliminar a endemia, se faz necessário definir ações programáticas norteadas nos seguintes aspectos: diagnóstico, tratamento, vigilância dos contatos, prevenção de incapacidades físicas e educação em saúde. Localizado na região Nordeste do Brasil, Alagoas é o segundo menor estado do Brasil. Tem uma área de 27.818,5 km2, uma densidade demográfica de 109,66 hab/km2 e a população estimada para 2006, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de 3.050.649habitantes. Está dividido em 102 municípios, com populações que variam entre 2.317 a 202.392 habitantes à exceção da capital – Maceió – com 922.455 habitantes. Em 2006 em 64% (65) tiveram ocorrência de casos de hanseníase diagnosticados em residentes, mas apenas 56 notificaram casos. Atualmente, 96 (94% dos municípios) fazem diagnóstico e realizam tratamento Das 730 unidades básica de saúde, 486 (67%) desenvolvem essas atividades em pelo menos uma equipe de saúde da família.
Gráfico 2: Somatório de casos novos e coeficiente de detecção geral por região de saúde. Alagoas, 2001- 2006.
1400 Nº casos 1200 1323 12,7 12,0 14,0
1000 9,4 800 8,5 6,9 6,5 402 400 335 288
10,0 8,0 Coeficiente/10.000
600
6,0 4,0 261 2,0 0,0
200 0 1ª 2ª Nº Casos 3ª Região de Saúde