sistematologia do serviço social
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As profissões liberais e aquelas que atuam no âmbito de prestadores de serviços, cuja formação profissional exige uma instrução de nível superior, diferem-se do Serviço Social, pois a este pode ser conferido certo destaque por ter conseguido forjar, com certa regularidade, ao longo de sua história, uma série de procedimentos de registro e avaliação de suas atividades. Desde os livros de ocorrência, passando pelos relatos de suas abordagens individuais ou grupais, até as reuniões de equipe, a profissão, durante anos, se ocupou minimamente de produzir informações e organizar processos em que a sua “prática”, ainda que não unilateralmente, pudesse se constituir em objeto de reflexão. Esta regularidade, contudo, esteve longe de sedimentar uma postura que atravessasse a história do Serviço social com a mesma intensidade e relevância. Contudo, o Serviço Social não conseguiu forjar uma cultura profissional que se alimentasse diretamente, ou que indicasse um papel de destaque, as atividades investigativas, particularmente aos processos de sistematização do seu trabalho, tomando integral ou parcialmente segundo um variado leque de enfoques. É inegável o avanço intelectual deste debate no Brasil, principalmente no que diz respeito: ao enfrentamento do significado social da profissão (Iamamoto & Carvalho, 1982),a sua inscrição na divisão social e técnica do trabalho na sociedade capitalista (Iamamoto , 1994 e Neto, 1992), a sua atuação no âmbito das políticas sociais(Faleiros, 1980 e Sposati et alii, 1985) e á questão teórico-metodológica (Faleiros, 1985 e ABESS, 1989). Desta forma, o Serviço social ao passo que foi capaz de forjar certas rotinas e procedimentos de registros de suas atividades prático-interventivas não conseguiu, porém , imprimir aos mesmos a marca de um esforço de sistematização ,quer da realidade social como das respostas profissionais , o seu trabalho em sentido amplo. Nos limites desse processo empreendido pelo Serviço social, vale dizer