Sistematica
Introdução às Escolas de Sistemática
As bases lógicas e filosóficas de cada escola de sistemática é complexa e geralmente ignorada pelas adeptos da escola, que dominam a técnica e não sua fundamentação. A discussão das bases lógicas está sendo feita por Papavero & Lorente (1993). Podem-se identificar pelo menos cinco escolas ou linhas principais de sistemática, cada uma com visão própria do significado de táxons e métodos para construí-los, são elas:
Essencialista, Catalogatória, Fenética, Gradista e Filogenética.
A escola lineana
(OU ESSENCIALISTA OU TIPOLÓGICA) Fundamenta-se na lógica Aristotélica e na visão de mundo de Aristóteles, ou seja, sua ontologia Essencialista (existem essências compartilhadas ou não). Reunir espécies em táxons numa abordagem lineana significa ontologicamente indicar a existência de uma essência compartilhada entre elas. Se rejeita-se o essencialismo aristotélico, também rejeita-se a ontologia lineana. Mesmo rejeitando-se as bases ontológicas aceitas por Linaeus, pode-se manter a lógica aristotélica em outras ontologias, como quando os sistematas reúnem táxons com base em semelhanças compartilhadas, na verdade um método intuitivo de comparação de semelhanças.
Escola catalográfica
Não encontra-se mais defensores dessa escola. Blackwelder (1959) propôs que a sistemática deveria estar descompromissada do conhecimento da evolução biológica, onde seu papel seria de propor um sistema útil. O sistema de classificação assim não passa de um catálogo de espécies sem conexão com os processos que geram a diversidade dos organismos e suas características. Se pretende-se que a classificação tenha alguma relação com o processo evolutivo, essa prática taxonômica deve ser rejeitada.
Sistemática Fenética
Surgiu nos EUA, nos fins da década de 50, com os primeiros computadores . Michener & Sokal (1952) iniciam essa abordagem. Na década de 60 o livro de Sokal & Sneath (1963) trazem as bases