Sistemas econômicos

Sistemas Econômicos

A convivência humana em sociedade implica necessariamente na interdependência, em menor ou maior grau, das atividades exercidas pelos membros desta. A forma e esturra como as atividades econômicas são realizadas em determinado grupo social forma um sistema econômico. Segundo definição de Fábio Nusdeo[1], um sistema econômico “é o conjunto de instituições destinado a permitir a qualquer grupo humano administrar seus recursos escassos com um mínimo de proficiência, evitando o quanto possível o seu desperdício ou malbaratamento.”

Apesar de diferentes posições doutrinárias, pode-se classificar os sistemas econômicos em dois grandes modelos: sistema capitalista e sistema socialista.

Sistema Capitalista

Conceitua-se capitalismo como um sistema no qual as relações de produção estão assentadas na propriedade privada dos bens de produção e consumo. Na visão clássica de pensadores como John Locke e Adam Smith, haveria neste sistema competição perfeita e liberdade contratual irrestrita. Classifica-se este modelo apresentado pelos antigos teóricos como Liberalista. O termo “capitalismo” foi criado por críticos socialistas, para denominar a estrutura político-social em voga no Ocidente nos séculos XVIII e XIX. A posição do Estado, segundo este modelo, é restrita; delegando apenas à proteção da propriedade, execução dos contratos e prevenção de fraude.

Devido à ocorrência das chamadas falhas de mercado, é impossível conceber um sistema capitalista puro, totalmente embasado na economia de mercado, onde a alocação de recursos seria de máxima eficiência, conduzida pela “mão invisível” da economia, cunhada por Smith em seu livro “A Riqueza das Nações.”

A crise econômica do capitalismo levou ao abandono da crença de que o sistema de mercado seria um regulador de si mesmo. Assim, passou-se a admitir e até mesmo a exigir a intervenção do Estado, para manter o equilíbrio entre a livre iniciativa e livre