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“Não é possível conhecer perfeitamente um homem que vai ao fundo de sua alma, seus sentimentos e seus pensamentos mesmos, antes de o vermos no exercício do poder, senhor das leis. Se alguém, sendo o supremo guia do Estado, não se inclina pelas decisões melhores e, ao contrário, por algum receio mantém cerrados os seus lábios, considero-o e sempre o considerarei a mais ignóbil das criaturas; e se qualquer um tiver mais consideração por um de seus amigos que pela pátria, esse homem, eu desprezarei.”
Acredito que a partir deste trecho, pode-se se destacar a presença que ele possui no decorrer dos anos. Neste caso, o poder é colocado em primeiro lugar, acima de tudo e principalmente de todos. O homem que se torna poderoso por si só, com os seus próprios meios especificamente defendendo a sua pátria, é considerado maior. Aquele que, os valores internos sobrepõem ao valor externo (Estado), não será enaltecido como um “bom” homem. Ressalta-se que o poder modifica o homem, independente da posição que o mesmo se encontra, porém, se o homem estiver no ápice do seu poder, o meio é o principal intercessor, e os seus próprios valores são totalmente subtraídos, sendo ocupados pela ganância, a gana, e a disposição de estar sempre no poder.
Creonte:
- Ó tu, que mantém os olhos fixos, no chão, confessas, ou negas, ter feito o que ele diz?
Antígona:
- Confesso o que fiz! Confesso-o claramente!
Neste trecho associado à todo texto, Sófocles utiliza como ideia central a antinomia que no texto simboliza realmente a Lei dos Deuses e a Lei do Homem, podendo ser vista como uma das primeiras antinomias jurídicas relatadas na História. No caso, a antinomia presente é que se uma só mulher pode questionar o Estado ou o Estado é inquestionável contra esta individualidade (privado versus público), ou seja, se Creonte deve escutar Antígona. Porém, Creonte escuta o Coro,e Antígona acaba sendo executada. O que se relata no fundo, a moral da peça é que o povo não