Sistema urinario
O papel da sondagem vesical encontra-se bem definido na assistência clínica, para o adequado controle do volume urinário durante uma doença aguda e no procedimento cirúrgico, para proteção contra lesões intraoperatórias, prevenção e tratamento de retenção urinária6,7. Entretanto, ainda se percebe um elevado número de cateterizações, talvez desnecessárias8. Nas cirurgias ginecológicas a sondagem vesical vem sendo realizada rotineiramente9,10. O aumento desse procedimento é preocupante, uma vez que as recomendações são para limitar a sondagem vesical11, procedimento que aumenta os riscos de infecção hospitalar (OR 5,16; IC 95% 2,84 - 9,36)12.
A cateterização vesical é uma condição que predispõe à bacteriúria, geralmente assintomática, podendo tornar-se sintomática e com risco de bacteremia13. Assim, devem-se seguir normas técnicas rigorosas com o objetivo de reduzir a frequência de infecções urinárias. As principais recomendações encontram-se relacionadas à avaliação da real necessidade da cateterização, inserir o cateter usando uma técnica antisséptica, manipular o cateter adequadamente e o tipo apropriado de cateter e do coletor14. Cateteres mais calibrosos podem causar espasmos na bexiga, enquanto cateteres mais finos apresentam menor propensão à necrose por compressão da mucosa uretral15.
A cateterização deve ter duração curta, avaliando-se sempre a susceptibilidade do hospedeiro16-18. A cateterização urinária é um procedimento de rotina usualmente executado por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que estejam atentos ao risco de infecção inerente ao procedimento,