Sistema digestorio
1 – Movimentação do Alimento Através do Trato, Controle Nervoso e
Fluxo Sanguíneo
O trato gastrintestinal possui um sistema nervoso próprio, o sistema nervoso entérico, que se inicia no esôfago e estende-se até o ânus. O número de neurônios nesse sistema entérico é de cerca de cem milhões, quase exatamente o mesmo que em toda a medula espinhal; isso indica a importância do sistema entérico para o controle da função gastrintestinal. O sistema entérico é composto principalmente de dois plexos: um plexo externo, denominado mioentérico ou de Auerbach, e um plexo interno, denominado submucoso ou de Meissner. O plexo mioentérico controla principalmente os movimentos gastrintestinais e o plexo mucoso controla a secreção epitelial gastrintestinal e o fluxo sanguíneo local.
As fibras simpáticas e parassimpáticas se conectam tanto com o plexo mioentérico como com o plexo submucoso. Embora o sistema nervoso entérico possa funcionar sozinho, a estimulação dos sistemas parassimpático e simpático pode causar ativação ou inibição adicional das funções gastrintestinais. A acetilcolina, na maioria das vezes, excita a atividade gastrintestinal.
A norepinefrina, por outro lado, quase sempre inibe a atividade gastrintestinal. Quase todas as fibras parassimpáticas que se dirigem ao trato gastrintestinal fazem parte dos nervos vagos. Quando estimuladas, aumentam a atividade de todo o sistema nervoso entérico, o que significa aumento da atividade da maioria das funções gastrintestinais. As fibras simpáticas que inervam o trato gastrintestinal originam-se na medula espinhal entre os segmentos T5 e
L2. Em geral, a estimulação do sistema nervoso simpático inibe a atividade do trato gastrintestinal, causando efeitos essencialmente opostos aos do sistema parassimpático.
No trato gastrintestinal ocorrem dois tipos básicos de movimento: propulsivos e de mistura. O movimento propulsivo é caracterizado pelo