Sistema de Direção Diferencial (SDD)
O SDD é talvez o sistema de direção mais simples para um robô autônomo terrestre. Ele consiste em duas rodas montadas num eixo comum e controladas por motores independentes, um para cada roda. No SDD, para que cada roda tenha o movimento de rolar, é necessário que o robô gire em torno de um ponto (ICC) que necessariamente está na direção do eixo comum às duas rodas. Variando a velocidade relativa das duas rodas, o ponto de giro pode ser alterado, correspondendo a trajetórias diferentes. Em cada instante, o ponto de giro do robô tem a propriedade de que a roda esquerda e a roda direita seguem caminhos que se movem em torno de ICC à mesma velocidade angular w. Considerando a figura acima, teremos então:
w(R + l/2) = vr
w(R - l/2) = vl
onde vl, vr, w e R são todas funções do tempo. Em qualquer instante temos :
R = l/2 * (vl + vr) / (vr - vl) e w = (vr - vl) / l
Alguns casos especiais são de interesse:
vl = vr neste caso o raio R é infinito e o robô se move em linha reta.
vl = - vr neste caso o raio é zero e robô gira em torno de um ponto que está a meia distância entre as duas rodas, girando portanto sobre si mesmo.
Para outros valores de vl e vr, o robô segue uma trajetória curvada em torno de um ponto à distância R do seu centro, mudando a sua posição e orientação.
O SDD é muito sensível à velocidade relativa das rodas. Pequenos erros na velocidade provocam trajetórias diferentes e não significam simplesmente um robô mais rápido ou mais lento.
É possível mostrar que para o SDD a solução geral do problema cinemático direto é:
x(t) = 1/2 { integral de 0 a t [vr(t) + vl(t)]cos[O(t)]dt }
y(t) = 1/2 { integral de 0 a t [vr(t) + vl(t)]sen[O(t)]dt }
O(t) = 1/l { integral de 0 a t [vr(t) - vl(t)]dt }
O problema cinemático inverso é de solução extremamente difícil, a não ser para casos especiais como os citados acima. Considerando esses casos especiais, para comandar o robô