Sintese Do Livro Hist Ria E Musica De Marcos Napolitano

Uma síntese da história da Música Popular História e Música—história cultural da música popular (Autentica, 2005, Belo Horizonte, 120 páginas) do professor e historiador Marcos Napolitano conta como a música popular emerge do sistema musical ocidental consagrado pela burguesia no começo do século XIX e surge com a chegada do capitalismo monopolista no fim de século XIX e começo do século XX, sendo ligada intimamente ligada com a vida cultural e os lazeres urbanos. Foi muito criticada por eruditos e folcloristas que a viam como algo que simbolizava uma decadência musical. Nas Américas a grande maioria das músicas populares surgiu de ritmos não-europeus, como o jazz norte-americano que descende de ritmos africanos e a cuenca chilena que descende de ritmos indígenas. A música popular começa se popularizar nas três primeiras décadas do século XX, em que ocorre uma busca de afirmação politico cultural das nações e também em que são criados: o rádio, aparelhos de gravação e o cinema sonoro. A música popular fica mais ligada a indústria que estava se formando a partir da música e o filósofo alemão Theodor Adorno inicia suas reflexões sobre essa industrialização. Adorno constrói a ideia de que a música popular cria ouvintes não pensantes ao causando a alienação da sociedade com base em vários argumentos importantes para entender a música popular nas sociedades capitalistas. No Brasil os primeiros tipos de música urbana são a modinha e o lundu que surgem no final do século XVIII e início do século XIX, esses gêneros são as matrizes das praticas musicais. A atividade musical era vista como algo artesanal, o que se pressupunha que devia ser exercido por escravos, mas também era exercida por mestiços e negros livres. No século XX, a introdução do registro fonográfico começa com a repetição dos padrões internacionais. Nos anos 20 e 30, o samba surge e se consolida como corrente musical principal no Brasil. Na década de 60 o conceito de música popular muda no Brasil, o