Sinitox
O Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas - SINITOX - criado em 1980 e vinculado à Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ - é responsável pela coleta, compilação, análise e divulgação dos casos de intoxicação e envenenamento registrados pela Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica - RENACIAT, atualmente composta de 37 unidades localizadas em 19 estados e no Distrito Federal, que possuem a função de fornecer informação e orientação sobre o diagnóstico, prognóstico, tratamento e prevenção das intoxicações, assim como sobre a toxicidade das substâncias químicas e biológicas e os riscos que elas ocasionam à saúde.
O Sinitox é um sistema responsável pela coleta, análise e divulgação de casos de intoxicações e envenenamento gerados pelos Centros de Controle de Intoxicações (CCI). Suas informações são obtidas a partir das fichas do atendimento realizado nesses 34 centros espalhados pelo Brasil. Para avaliar a qualidade dos dados que sustentam o Sinitox, foi que Rosane Abdala, pesquisadora do CICT, desenvolveu a dissertação: Sistema Nacional de informações tóxico-farmacológicas – O desafio da padronização dos dados.
Em seu trabalho, Rosane percebeu que a qualidade dos dados, que alimentavam o Sinitox, poderia ser questionada devido à heterogeneidade dos profissionais. Para comprovar sua hipótese, a pesquisadora desenvolveu um questionário aplicado aos 34 centros. Os resultados indicam que a falta de atenção e treinamento são as principais causas para a imprecisão dos dados. Tanto os questionários quanto às entrevistas, realizadas por Rosane, apontam discordância entre os centros com relação ao preenchimento das fichas. Segundo a pesquisa, isso pode ser causado pelo isolamento dos CCIs na sua formação.
Apesar de pertencerem a diferentes instituições, os CCIs estão condensados na Rede de Intoxicações. Por isso, ao longo da dissertação, foi defendida a padronização como uma condição para a melhoria do Sinit 2.