sindrome e wener
INTRODUÇÃO
As aberrações cromossômicas constituem uma das maiores categorias das doenças genéticas e são causa significativa de retardo mental, déficit ponderal e estatural, dismorfismos faciais e malformações congênitas, como as cardiopatias congênitas, anomalias esqueléticas e acometimento de outros órgãos internos. Estima-se que as aberrações cromossômicas estejam presentes em 8,1% das gestações clinicamente reconhecidas, constituindo uma das principais causas de letalidade em estágios precoces do desenvolvimento fetal, levando ao aborto espontâneo em 50% dos casos.
As aberrações cromossômicas são classificadas em numéricas e estruturais. As aberrações cromossômicas numéricas são as mais comuns, e caracterizam-se pelo número anormal de cromossomos. Na espécie humana são normais, quanto ao número de cromossomos, as células com 46 destes (diplóides ou 2n) e as células com 23 cromossomos (haplóides ou n). As alterações cromossômicas numéricas podem se caracterizar em triploidia (3n), tetraploidia (4n), ou poliplóides, conforme tenham três, quatro, ou mais conjuntos completos de cromossomos.
As aberrações cromossômicas estruturais resultam de quebras e/ou rearranjos dos cromossomos, seguidos de uma reconstituição anormal. São aberrações equilibradas quando não há perda de material genético e não-equilibradas quando há perda ou adição de material genético, que resulta em graves doenças ao portador como, por exemplo, a Síndrome de Wener que é um raro distúrbio genético caracterizado pelo aparecimento da velhice que começa depois da puberdade. A mutação responsável pela síndrome de Werner foi localizada em 1992 no cromossomo 8 pelo grupo de trabalho de Dennis Dryna, e em 1996 o grupo dirigido por Chang-En Yu da Universidade de Washington identificou e clonou o gene afetado (WRN) (2). O estudo de seqüência do WRN em diferentes pacientes confirmou a presença de mutações situadas ao longo da região codificadora. Em todos os casos tratou-se da criação